Carnaval de Florianópolis volta a ter rebaixamento de escolas em 2025

O desfile das escolas de samba de Florianópolis neste sábado (10) será o último sem o sistema de rebaixamento de agremiações, por ora. Isso porque a dinâmica está marcada para voltar em 2025 ao Carnaval de Florianópolis segundo a Liesf (Liga das Escolas de Samba de Florianópolis).

O planejamento da Liga prevê que duas escolas de samba sejam rebaixadas no próximo Carnaval de Florianópolis. Em 2026, elas disputarão o recriado Grupo de Acesso. Assim, permanecerão oito agremiações no Grupo Especial.

Carnaval de Florianópolis não tem rebaixamento desde 2016

Desfile da Acadêmicos do Sul da Ilha em 2020, quando a agremiação da Tapera foi campeã do Grupo de Acesso. Divisão por grupos deve retornar ao Carnaval de Florianópolis de 2026  – Foto: Arquivo/Floripaagil e Demfotografias/Divulgação/ND

Para Joel da Costa Júnior, presidente da Liesf, a mudança será adotada pois é “incompatível” manter dez escolas se apresentando num único dia – modelo adotado hoje. “Não existe possibilidade de manter um desfile começando às 17h”, avalia.

A mudança também visa aumentar o nível artístico e de competitividade do Carnaval, destaca o presidente.

Carnaval de Florianópolis não tem escolas rebaixadas desde 2016

Tal inchaço no grupo especial se deu após uma série de decisões tomadas entre 2017 e 2020 que consistiram em promover a ascensão de escolas do Grupo de Acesso, mas sem rebaixar as últimas colocadas do Grupo Especial.  

Em 2017 e 2018, não houve rebaixamento pois as escolas dos grupos de acesso não desfilaram. Não ocorreu queda de escola também em 2019, quando a União da Ilha da Magia venceu o Acesso e ampliou o Grupo Especial de 2020. O mesmo ocorreu no ano seguinte com a campeã da Acesso, Acadêmicos do Sul da Ilha.

No Carnaval de Florianópolis de 2023, realizado após dois anos sem eventos por conta da pandemia de Covid-19, a então gestão da Liesf decidiu por extinguir o grupo de acesso e não realizar o rebaixamento das agremiações da lanterna.

“Os recursos públicos ficaram escassos, as escolas tiveram dificuldades financeiras enormes. Prevaleceu essa decisão de extinguir os grupos e fazer um Carnaval mais pelo espetáculo do que pela competição”, afirmou à época Bernardo Pessi, então presidente da CPC (Comissão de Planejamento do Carnaval) Pessi.

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